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Rua Sara 18, Santo Cristo
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As fotografias, relatos e objetos de Não Leve Flores contam como as decisões do mundo reverberam no íntimo dos corpos mais vulneráveis à arbitrariedade dessas decisões. Como esses corpos se agruparam, entre amigos e familiares, diante de um momento de mudança que representou o estabelecimento da intolerância como ideia válida, para se tornarem mais fortes, como na união do cardume que se torna um peixe maior.
Não Leve Flores
12/03/2020
Por Ton Zaranza e Rodrigo Pinheiro
Os Abjectos: um corpus sistêmico
27/02/2020
Por Francisco Brandão
Os Abjectos: um corpus sistêmico

Os objetos constroem narrativas em primeira pessoa e estabelecem cenários.

Piões, peteca, brinquedos e outros jogos - com eles rememoro fases da descoberta do uso na infância. Estabeleço uma curiosa comunicação entre objetos que, por ambiguidades, deslocam-se em diálogos e restabelecem novas memórias sensoriais, criam outras narrativas para o “cotidiano”.

Filtros, copos, xícaras, ralador, porta, faca, etc.

Agora inúteis, os Abjectos maquinam um contra-ataque à ação. Pela ação subversiva, surge um novo lugar e práxis para os corpos dissidentes. Apesar disso, os Abjectos se impõem como coisas que habitam mais de uma realidade: identidades múltiplas

Nesse tipo de discurso caótico da palavra em matéria, converso e busco o encontro. Me encontro.

O objeto também é corpo!
AfterApocalypse: Um Aspecto Do Depois
25/01/2020
Por Iah Bah
récita

região da zona portuária do rio de janeiro

virasse uma década,
transpassa o tempo.
depois que caiu um meteoro na terra tudo se explodiu.

se refaz um big bang.
olimpíadas, copas, eleições.
a consequência
destruição pelo próprio staff capital.

existe depois
nas margens da baía de guanabara.
antes dos piratas franceses.

a região portuária não foi mais a mesma
depois desses dias intensos: das suas
construções inacabadas restou apenas
os destroços

; aquários cheios de espécies extintas; roda gigante para ver prédios espelhados;

; fósseis de dinossauros foram achadas no meio dos
dejetos dos carnavais passados”

; VLPTF veículos leves e prateados sobre trilhos de ferro ; aterramentos quilométricos pela orla conde ;

e depois como criação do não futuro; e depois como perspectiva de imaginar o agora


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Quando Me Olhas
17/12/2019
Por Deborah Zapata
"Quando Me Olhas" é a primeira exposição individual proposta pela artista Déborah Zapata. O conjunto das 5 obras faz parte do projeto de conclusão do curso de Artes Visuais - Escultura da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A partir do uso do mar como ativador de memórias, a artista re-visita lembranças de sua infância e adolescência em busca de reformular as mesmas através do trabalho escultórico, performático e de pintura.

"O mar é resultado e processo simultaneamente: porque faz parte tanto do universo infantil quanto do elaborado. As narrativas que surgem através dele atravessam as dimensões do passado e do agora, criando assim, como a infinita malha de ondas, uma malha de ligações, que prefiro interpretar como as conexões neurais de nossas memórias, que se reconectam e se reformulam a partir de ficções e energias magnéticas."




Dessa vez, o tempo não vai fazer as pazes com a mão
19/10/2019
Por Amauri e Bruno Magliari
toda construção parte de fósseis, vive da condição fértil do tempo para continuar a sedimentar o aqui. assim, produz-se a verdade de que o chão irá suportar, acumular rastros diversos e continuar a enrijecer. qualquer discurso que contrarie essa certeza é tropeçado ao solo como se brincasse.

ao olhar o teto, pela primeira vez temos a dúvida, porque se arrisca. então, precisamos errar, desmoronar. deixar virar terreno baldio a devorar o resto.




“A mostra estabelece uma comunicação através de objetos, os quais, por ambiguidades,
desejam deslocar diálogos, reestabelecer parâmetros, utilizando das memórias sensoriais para criar narrativas. Os Abjectos, em contato com o público se tornam insígnias, pequenos totens, amuletos ou diário”.

Francisco Brandão

Com esse ponto de partida, Anderson Oliveira e Francisco Brandão organizaram a publicação "Os Abjectos: um corpus sistêmico". Publicação versão virtual e gratuita lançada agora pelo edital #CulturaPresenteNasRedes e a galeria #REFRESCO!